Documentário NSDPC

domingo, 16 de dezembro de 2012

Moradores da Comunidade Palestina realizam Missa em frente a capela centenar



Nesta quinta-feira 13, centenas de pessoas se reuniram em frente à Capela Centenar de Nossa Senhora do Perpetuo Socorro, na comunidade Palestina, em Curral Novo do Piauí, e participaram da celebração da Santa Missa, que foi presidida pelo Pároco Local, Pe. Francidilso Silva.

A oportunidade foi de confraternização, celebrando o dia de Santa Luzia, os fieis manifestaram das mais diversas formas sua fé e devoção.

Um momento marcante na história desta comunidade, onde o povo se reuniu para manifestar seu desejo de que a mesma permaneça firme e forte, bem como seja preservado os patrimônios históricos, artríticos e culturais presentes nesta região.

A Capela centenar em honra a N. S. do Perpetuo Socorro tem uma arquitetura diferenciada das demais capelas vistas por esta região, bem como mantem preservado o altar fixo na parede, conhecido como altar do Rito Tridentino, no qual se celebrava as Missas em Latim e de costas para o povo.

Para a preservação destes patrimônios, foi criado o Projeto NSDPC, que tem como objetivo principal a luta pela conservação de todo e qualquer tipo de vestígio histórico presente neste local. E tem como meta da restauração da referida capela, e o registro como Patrimônio Cultural.

Veja algumas fotos:











ASCom

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Projeto NSDPC abrange também cemitérios antigos presentes na região



O Projeto NSDPC, além de buscar a preservação, tombamento e restauração da Pequena Capela centenar em honra a Nossa Senhora do Perpetuo Socorro, busca também a preservação de antigos cemitérios presente na região, como o local onde foram enterrados os protagonistas dessa historia, do homem branco que se mistura com o índio e o negro. Bem como a preservação de um pequeno cemitério de ‘caboclos’, onde foram enterrados vários escravos naquele tempo.

Além do rico acervo histórico e arqueológico, um fator que desperta a curiosidade neste projeto, estar relacionado à mitologia e mistificação, presente nas historias narradas e até vividas ou presenciadas pelos anciãos residentes neste local.

É notória a imensurável riqueza presente na região, bem como a importância de se preservar e aprofundar o estudo nessa historia, visando assim, a possibilidade de uma publicação ampla e coerente de um trabalho minucioso e de grande relevância.

“O Projeto NSDPC, tem acessão no ano de 2012, e já colheu importantes materiais, que sem hesitação nos proporcionará alcançar nossas metas, bem como alavancar possibilidades outrora não notadas por muitos, e que poderá ser um grande divisor de águas nesse período de crescimento e desenvolvimento econômico e social destas regiões. No entanto, nós como Projeto NSDPC, continuaremos em ação pois esse é apenas o inicio de um Projeto ousado mas acima de tudo, pertinente” afirma Hugo Júnior Fernandes, idealizador do Projeto NSDPC.

ASCom

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Patrimônio Histórico Cultural

Imagem: infoescola.com
Em seu significado mais primitivo, a palavra patrimônio tem origem atrelada ao termo grego pater, que significa “pai” ou “paterno”. De tal forma, patrimônio veio a se relacionar com tudo aquilo que é deixado pela figura do pai e transmitido para seus filhos. Com o passar do tempo, essa noção de repasse acabou sendo estendida a um conjunto de bens materiais que estão intimamente relacionados com a identidade, a cultura ou o passado de uma coletividade.

Essa última noção de patrimônio passou a ganhar força no século XIX, logo que a Revolução Francesa salientou a necessidade de eleger monumentos que pudessem refutar o esquecimento do passado. Nesse período, levando-se em conta a noções historiográficas da época, os monumentos deveriam expressar os fatos de natureza singular e grandiosa. Sendo assim, a preservação do passado colocava-se presa a uma noção de “melhoria”, “evolução” e “progresso”.

Além dessas primeiras noções, o conceito de patrimônio também estava articulado a um leque de valores artísticos e estéticos. Preso ainda à construção de monumentos e esculturas, o patrimônio deveria carregar em seu bojo a tradicional obrigação que a arte tinha em despertar o senso de beleza e harmonia entre seus expectadores. Com isso, as produções artísticas e culturais que poderiam evocar a identidade e o passado das classes populares, ficavam plenamente excluídas em tal perspectiva.

Avançando pelo século XX, observamos que as noções sobre o espaço urbano, a cultura e o passado, foram ganhando outras feições que interferiram diretamente na visão sobre aquilo que pode ser considerado patrimônio. Sobre tal mudança, podemos destacar que a pretensa capacidade do patrimônio em reforçar um passado e uma série de valores comuns, acabou englobando outras possibilidades que superaram relativamente o interesse oficial do Estado e as regras impostas pela cultura erudita.

A conceituação atual do patrimônio acabou estabelecendo a existência de duas categorias distintas sobre o mesmo. Uma mais antiga e tradicional refere-se ao patrimônio material, que engloba construções, obeliscos, esculturas, acervos documentais e museológicos, e outros itens das belas-artes. Paralelamente, temos o chamado patrimônio imaterial, que abrange regiões, paisagens, comidas e bebidas típicas, danças, manifestações religiosas e festividades tradicionais.

Ainda hoje, vemos que os governos assumem o papel de preservar e determinar a construção dos patrimônios de uma sociedade. Uma gama de técnicos, acadêmicos e funcionários é destinada à função de preservar todos esses itens, que articulam e garantem o acesso às memórias e experiências de um povo. Com isso, podemos ver que o conhecimento do patrimônio abarca uma preocupação em democratizar os saberes e fortalecer a noção de cidadania.

Com a diversificação dos grupos que integram a sociedade, podemos ver que os patrimônios também incentivam o diálogo entre diferentes culturas. Não raro, todas as vezes que fazemos um passeio turístico, temos a oportunidade de contemplar e refletir mediante os objetos e manifestações que formam o patrimônio do lugar que visitamos. Nesse sentido, a observação dos patrimônios abre caminho para que tenhamos a oportunidade de nos reconhecer e reconhecer os outros.

Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola